Escrever um essay não é muito diferente de escrever qualquer outro texto: terá de competir pela atenção do leitor contra as interrupções normais do dia-a-dia (um telefone que toca, um colega que precisa de ajuda, etc.) e contra aborrecimento e preocupações. Independentemente das horas que lhe dedique, ter bem presente o ciclo de vida que um essay terá assim que o envie e integrar a pilha de mais um dossier de candidatura entre tantos outros ajudá-lo-á a estruturá-lo e elaborá-lo por forma a garantir que seja lido atentamente e, ainda mais importante, que seja memorável. Algumas dicas que podem ajudar:
USE UMA FRASE DE ABERTURA CURTA E COM IMPACTO
“O meu nome é X e tenho X anos de idade.” Assim começam muitos essays de candidatura. Na realidade, o seu nome figurará no final do texto e a sua idade está nos seus documentos de identificação e certificados de habilitações. Pior ainda do que comunicar informação irrelevante, esta frase transmite uma sensação de banalidade à qual nem o recrutador mais empenhado responderá com entusiasmo. Seja corajoso! Pense sobre quando e porquê decidiu candidatar-se ao programa académico que escolheu, ou sobre aquilo que o distingue de potenciais concorrentes. Resuma-o numa frase curta e com impacto e leia-a em voz alta várias vezes, para testar o seu apelo, antes de retomar a escrita.
USE A TÉCNICA “ZIG ZAG”
Um essay é tanto sobre si quanto sobre a instituição e programas aos quais se candidata. Antes do primeiro rascunho, certifique-se de que investigou as características do público-alvo do programa, os perfis dos alunos, o currículo académico e o tipo de exposição ao mercado que oferece – estágios, oportunidades internacionais e/ou eventos de networking. Use então essa informação para redigir um essay equilibrado que responda simultaneamente ao porquê de ter escolhido candidatar-se ao seu programa e ao porquê de a instituição dever aceitar a sua candidatura.
A técnica “zig zag” – passar da sua história de vida e motivações para as características do programa e perfil ideal de estudante – permite-lhe demonstrar que está bem-informado e protege-o de clichés e do cansaço dos leitores.
CONTE UMA HISTÓRIA
Feita a pesquisa e definido o perfil ideal que a instituição visa, é tentador mencionar competências numa espécie de lista. Não o faça! É cansativo para o leitor, não expõe nem a sua personalidade nem os seus sucessos, e pode inclusivamente ser contraproducente do ponto de vista da gestão de expectativas. Em alternativa, escolha 2 ou 3 dos seus pontos fortes e ilustre-os com exemplos. Torne-se pessoal: enquanto outros candidatos podem ter competências semelhantes às suas, é improvável que as tenham usado da mesma forma. Contar uma história ajuda os recrutadores a lembrarem-se de si e a preparar a sua entrevista pessoal (se for esse o caso).
PERSONALIZE
Não tenha medo de mostrar a sua personalidade! Não existe um modelo perfeito para um essay. O seu objectivo deve ser que reparem em si. Recorde que os recrutadores lêem centenas ou milhares de essays (e analisam os restantes documentos que compõem os ficheiros de cada candidato). Assuma riscos calculados e demonstre como pensa, e aquilo que o torna único.
NÃO CITE PESSOAS QUE NÃO CONHECE
As citações são frequentemente úteis, mas apenas quando apoiam aquilo que quer dizer. Citar algo só porque “soa bem” ou porque é “uma linda frase” pode, se desconhecer o autor e o contexto da citação, levar a momentos embaraçosos se for chamado a uma entrevista pessoal. Prefira sempre as suas próprias palavras e confie nas suas ideias. No final de contas, este é o essay da sua candidatura!
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